O que é comunicação não violenta?
Comunicação Não Violenta é um método de comunicação e resolução de conflitos desenvolvido por Marshall Rosenberg para se comunicar de forma respeitosa, mas poderosa com outras pessoas, principalmente crianças, evitando várias armadilhas na comunicação devido ao conflito de egos e/ou fazendo com que o outro indivíduo sinta que está sendo prejudicado, tratado de forma injusta ou desrespeitosa. Desse modo, o método da CNV tem 4 etapas:
- 1. Observe e identifique a situação sem avaliar ou julgar;
- 2. Identifique o sentimento dentro de si mesmo;
- 3. Identifique sua necessidade ou desejo;
- 4. Formule um pedido.
Além disso, o pano de fundo da CNV é que cada pessoa é responsável por si mesma na vida, e não se pode forçar os outros a sentir, pensar ou agir da maneira que deseja. Com base nisso, saiba que os fundamentos da Comunicação Não-Violenta são bastante simples.
Onde a Comunicação Não Violenta ajuda adultos e crianças a criar uma conexão de alta qualidade a partir da qual as pessoas gostam de contribuir espontaneamente para o bem-estar umas das outras. Sendo assim, a CNV usa habilidades de consciência, linguagem e comunicação para criar uma estrutura a partir da qual você pode:
- Expor suas necessidades e sentimentos com auto responsabilidade e clareza;
- Escutar as necessidades e sentimentos dos outros com empatia e compaixão;
- Simplificar soluções reciprocamente favoráveis para todas as partes incluídas.
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A CNV é frequentemente associada a habilidades de comunicação de autoajuda, mas vai muito além, e pode auxiliar na relação de crianças e professores em sua rotina educacional.
Pois em vez de um formato, a CNV é uma consciência baseada na intenção de criar uma conexão positiva — reconhecendo que resultados mutuamente enriquecedores surgirão da qualidade dos relacionamentos.
Dessa forma, em vez de serem motivadas pelo medo, culpa ou qualquer coerção, as crianças se conectam livremente com alegria quando se sentem bem umas com as outras e confiam que suas necessidades são importantes para o educador. A CNV pode ajudá-las a criar esse tipo de relacionamento, pessoal e estudantil.
Ademais, a Comunicação Não Violenta é um processo único e poderoso para inspirar conexão e ações compassivas. Que fornece uma estrutura e um conjunto de habilidades para abordar a ampla gama de preocupações, desde os relacionamentos mais íntimos até os conflitos políticos globais.
E para as crianças e professores na educação, o propósito da CNV é ajudar todos os envolvidos a aguçar sua consciência da linguagem para que possam expressar o que realmente importa para eles, e também ouvir o que de fato interessa para os outros.
Isso envolve comunicação empática por meio da qual podemos nos sintonizar tanto com as nossas necessidades reais quanto com as das outras pessoas.
Então, a CNV reconhece que a forma como interagimos uns com os outros é impulsionada por motivadores humanos essenciais, também conhecidos como necessidades humanas universais.
E ao usar a CNV em nossa vida diária, podemos identificar e transformar métodos de comunicação “violentos” profundamente arraigados, inclusive na educação, que atrapalham o relacionamento satisfatório. Fatos importantes sobre a CNV.
Quais são os efeitos da comunicação violenta?
Como descrito anteriormente, o básico da Comunicação Não Violenta envolve nos expressarmos com clareza, compaixão, autorresponsabilidade, empatia e o bem comum em mente, que é exatamente o oposto do que é a Comunicação Violenta.
Desse modo, a Comunicação Violenta envolve ameaçar, julgar, desumanizar, culpar ou coagir os outros para conseguir o que queremos em uma situação. Onde a CV cria mal-entendidos e frustração, dor e desentendimentos, principalmente nas crianças em idade de aprendizado.
Entretanto, a Comunicação Violenta, em termos de relacionamento cobiçado e desejado, é uma forma de pensar e falar que atrapalha a qualidade de conexão e compreensão que buscamos. Também pode levar a criança à raiva, vergonha, culpa, depressão e, em casos extremos, violência emocional ou física.
Assim, muitos de nós somos ensinados, ainda crianças, a expressar nossos sentimentos em termos do que a outra pessoa “fez conosco”. Infelizmente, não somos instruídos a nos apropriar de nossos sentimentos e necessidades para pedir de maneira saudável apenas o que beneficia e é justo para todas as partes envolvidas.
A esmagadora maioria das pessoas não sabe conscientemente o que é a Comunicação Violenta e, por isso, acaba usando-a inconscientemente.
Ou, ainda não pretendem se comunicar de uma forma que julgue, humilhe ou manipule outras pessoas. Isso leva a um conflito que poderia ter sido evitado usando a consciência e as ferramentas da “Comunicação Compassiva”, outro nome para a CNV.