Como Funciona a Endoscopia?
Quando você está sentindo alguma dor ou desconforto, é essencial procurar por um médico, a fim de que ele possa lhe examinar e dar o devido diagnóstico. No entanto, a verdade é que há vários exames que são capazes de auxiliar o profissional.
Se você está sentindo alguma dor na região do intestino, é bem provável que o médico lhe indique fazer a endoscopia. Com certeza você já deve ter ouvido falar a respeito desse exame ou mesmo conhece alguém que já fez.
Afinal de contas, trata-se de um exame capaz de diagnosticar uma série de problemas e, por isso, é um tanto comum que os médicos o solicitem. Mas você sabe como ele é feito ou mesmo quais são as doenças que ele é capaz de diagnosticar?
Ainda que seja um exame um tanto comum, a verdade é que são poucas as pessoas que entendem, de fato, como ele funciona. Inclusive, através desse exame, a medicina pode ter grandes avanços. Não é à toa que, hoje, pode-se fazer a cirurgia endoscópica de coluna, por exemplo.
No entanto, em quais ocasiões a endoscopia é a melhor solução para avaliar as possíveis causas dos sintomas do paciente? Será que é possível recorrer ao exame a fim de evitar ou prevenir algumas doenças?
Todas essas dúvidas são bem pertinentes ao assunto, as quais é essencial obter maior clareza. Por isso, se você quer entender melhor a respeito desse assunto, é só se manter nesses parágrafos, onde iremos falar com mais detalhes. Então, sem mais delongas, confira os próximos tópicos!
O que é endoscopia digestiva alta?
Em suma, nada mais é que um procedimento cujo objetivo é avaliar o trato gastrointestinal superior. Ou seja, o esôfago, estômago e o próprio duodeno. Inclusive, esse é um tipo de exame capaz não apenas de identificar, mas também de prevenir o desenvolvimento de uma série de problemas.
No entanto, ao falar desse assunto, é comum que a grande parte das pessoas logo associem a ultrassonografia do abdome. E, de fato, esse é um dos procedimentos, mas não é o único. No mesmo dia, pode ser feito uma série de outras coisas.
Como por exemplo a coleta de exames de sangue. Isso acontece porque, ainda que a endoscopia de fato seja um ótimo exame para tratar, diagnosticar e antever problemas, ainda assim deve ter outros exames para complementar.
Fora isso, o profissional responsável por fazer esse tipo de exame é o endoscopista que, na grande maioria dos casos, também é formado em cirurgia geral ou em gastroenterologia clínica.
Como é feita a endoscopia digestiva alta?
Em suma, é um exame que tende a avaliar a mucosa do esôfago, estômago e duodeno, que nada mais é que o primeiro segmento do intestino delgado. Por conta disso, o exame deve ser feito por via oral, através de um tubo fino e flexível.
No entanto, esse tubo deve possuir uma videocâmara na extremidade. Isso é importante porque é através dela que se pode captar imagens do interior do tubo digestivo. Essa câmera projeta a imagem em um monitor, em tempo real.
Deve-se introduzir o tubo de forma gradativa e suave, para evitar qualquer tipo de lesão. Essa introdução é através do esôfago, mas que visa passar pelas demais partes como o estômago e duodeno.
Através desse exame, o aparelho permite que o profissional avalie as mucosas. É algo um pouco parecido com a cirurgia no ombro em que o médico introduz uma câmera através das incisões, para que se possa ver em tempo real a estrutura.
Fora isso, o exame deve ser feito com o paciente sedado. Por isso, deve-se introduzir medicação pela veia, que induzem o sono, mas que também causam amnésia e há um efeito analgésico. O paciente deve ser monitorado, para averiguar níveis de oxigênio no sangue e batimentos cardíacos.
Contudo, o exame não causa dor alguma. Mas, assim que o paciente desperta, é comum que ele tenha uma sensação de pigarro ou dificuldade na deglutição. Isso acontece por conta dos anestésicos tópicos, que servem para lubrificar e facilitar com que o aparelho entre pela garganta.
Quando a endoscopia é indicada?
A verdade é que esse exame é ideal não apenas para auxiliar no diagnóstico, mas também para diversas outras ocasiões. Então, dentre as suas principais indicações, podemos citar as seguintes:
Diagnóstica: visa averiguar quais são as causas de o paciente ter sintomas como dores abdominais, náuseas, vômitos, engasgo, diarreia, sangue nas fezes, queimação, anemia etc.
Terapêutica: nada mais é que a injeção endoscópica de medicamentos, a qual serve para controlar a hemorragia digestiva, dilatação de estreitamentos de esôfago e duodeno. Além do mais, pode servir para remover corpos estranhos e pólipos.
Ultrassonografia endoscópica: é quando acontece a combinação com a ecoendoscopia. Dessa forma, permite que o médico avalie a parede do estômago, esôfago, duodeno e órgãos adjacentes, como a vesícula e o pâncreas.
Quais doenças a endoscopia pode detectar?
Assim como o médico especialista em joelho precisa de alguns exames para diagnosticar da melhor forma o paciente, as demais especialidades também precisam de exames que auxiliem a entender o que o paciente está passando.
Então, no caso da endoscopia, a verdade é que há várias doenças das quais se pode diagnosticar, desde que tenham relação com o trato gastrointestinal superior. Então, dentre as suas principais doenças, podemos citar:
- Tumores;
- Refluxo;
- Gastrite;
- Duodenites;
- Úlcera;
- Bactérias;
- Esofagite etc.
No entanto, não é apenas para poder entender o motivo dos sintomas do paciente que esse exame serve. Na verdade, também é uma ótima forma de prevenir câncer tanto no estômago quanto no esôfago. Por isso, pessoas acima de 50 anos devem fazer isso com certa frequência.
Inclusive, se na sua família tem histórico de pólipo neoplásico ou mesmo de câncer, o ideal é que se faça esse exame até mesmo antes dos 50 anos. Além do mais, a endoscopia é uma forma de acompanhar pacientes em quadro de pós-operatório.
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Como é a preparação para o exame?
Para que o exame ocorra de forma eficaz, deve-se ficar atento em relação ao preparo. Em suma, a grande parte dos pacientes precisam ficar em jejum de 8 horas para alimentos sólidos. Isso é importante para que o estômago se mantenha vazio.
Inclusive, isso vai permitir com que haja uma avaliação mais precisa e adequada da mucosa. Mas lembre-se: durante o período de jejum, não se pode consumir água nem qualquer outro tipo de líquido. Menos, é claro, quando há alguma recomendação médica.
Ademais, como o sedativo pode deixar o paciente sonolento, com dificuldade de se locomover e com certo desequilíbrio, deve-se ter um acompanhante, o qual deve ser maior de 18 anos. Então, não é permitido dirigir, operar máquinas tampouco fazer atividades que demandem atenção.
Quais são os riscos?
Na verdade, trata-se de um exame muito seguro e, por isso, não é comum que haja alguma complicação. Mas, quando há, elas são bem leves. Os principais riscos que pode acontecer, devido ao exame, são:
- Irritação na garganta;
- Desconforto abdominal leve;
- Sangramento;
- Reações alérgicas;
No entanto, ainda que muito mais raro, pode acontecer algumas reações um pouco mais graves, sendo elas:
- Arritmia;
- Perfuração;
- Insuficiência respiratória;
- Parada cardíaca.
Mas, no geral, é um exame bastante seguro, o qual as pessoas deveriam perder o medo. O grande problema é que, ao sentir algum tipo de dor, as pessoas procuram formas de apenas tratar o sintoma, mas não o problema em si.
Por isso, acabam se automedicando ou procurando alternativas como acupuntura ou coisas do gênero. Mas, sempre que sentir um sintoma de forma constante, procure por um médico o quanto antes.