sexta-feira, maio 30, 2025
Dicas

Como Escolher o Relógio Masculino Perfeito?

Escolher o relógio masculino ideal pode parecer simples — até se deparar com a imensidão de modelos, funções, materiais e estilos disponíveis. Muitos acabam optando por critérios superficiais, deixando de considerar aspectos fundamentais como durabilidade, ocasião de uso e harmonia com o estilo pessoal. 

O resultado? Peças que rapidamente perdem espaço no dia a dia ou que não agregam valor à imagem pessoal. A boa notícia é que é possível fazer uma escolha assertiva com base em critérios objetivos e alinhados ao seu perfil. 

A seguir, você vai entender os elementos-chave para identificar o relógio masculino perfeito, considerando funcionalidade, design e expressão de personalidade — sem abrir mão da elegância e da usabilidade.

Entendendo os Tipos: Qual Faz Seu Estilo?

Primeiro passo: conhecer os “corações” dos relógios. Os modelos a quartzo são os mais comuns e acessíveis. Funcionam a bateria, são super precisos e exigem pouca manutenção. São ótimos para quem busca praticidade e um bom custo-benefício. Marcas como Casio e Fossil oferecem excelentes opções nesse segmento, que domina boa parte do mercado.

Já os relógios mecânicos são a paixão dos entusiastas. Eles funcionam com um complexo sistema de molas e engrenagens, sem bateria. Precisam ser “dados corda” manualmente. Dentro dos mecânicos, temos os automáticos, que se carregam com o movimento natural do seu pulso. São verdadeiras obras de engenharia, valorizados pelo artesanato e tradição, como os de marcas icônicas como Omega e Rolex.

E claro, não podemos esquecer dos smartwatches. Eles são a febre do momento, liderados pelo Apple Watch. Conectados ao seu smartphone, oferecem um mundo de funcionalidades: monitoramento de saúde e atividades físicas, notificações, pagamentos e muito mais. São ideais para quem ama tecnologia e busca um acessório versátil para o dia a dia agitado.  

O Tamanho Importa: Encontrando o Ajuste Perfeito

Acertar no tamanho do relógio é crucial para o conforto e a estética. Um relógio muito grande pode parecer desajeitado em um pulso fino, enquanto um muito pequeno pode se perder em um pulso mais robusto. A medida principal é o diâmetro da caixa (a parte que mostra as horas). Para pulsos mais finos (abaixo de 17 cm), diâmetros entre 36mm e 40mm costumam cair bem. Para pulsos médios (17-19 cm), 40mm a 44mm é uma boa faixa. Já para pulsos maiores (acima de 19 cm), modelos com 44mm ou mais podem ser ideais.

Outro ponto é a espessura da caixa. Relógios mais finos tendem a ser mais elegantes e discretos, ótimos para usar com camisas de manga longa. Modelos mais espessos geralmente têm um visual mais esportivo ou robusto. A tendência recente, inclusive, mostra homens adotando designs com perfis mais finos e diâmetros modestos, buscando uma elegância mais discreta e versátil, fugindo um pouco dos relógios exageradamente grandes.

Não se esqueça das “lugs” (as garras que prendem a pulseira à caixa). A distância entre as pontas das lugs (lug-to-lug) também influencia como o relógio assenta no pulso. O ideal é que as lugs não ultrapassem a largura do seu pulso. A melhor dica? Experimente! Vá a uma loja, prove diferentes tamanhos e veja qual se adapta melhor e te deixa mais confortável.

Materiais e Pulseiras: Durabilidade e Personalidade

A caixa do relógio pode ser feita de diversos materiais, cada um com suas características. O aço inoxidável é o mais popular: durável, resistente à corrosão e com um visual versátil. O titânio é mais leve e igualmente resistente, ótimo para quem busca conforto. Metais preciosos como ouro e platina elevam o status (e o preço!), sendo comuns em relógios de luxo. Existem também opções em cerâmica (resistente a riscos), bronze (que desenvolve uma pátina única com o tempo) e até plástico/resina, comuns em modelos esportivos como os G-Shock.

As pulseiras são fundamentais para o estilo e conforto. As de metal (aço, titânio, ouro) são clássicas e duráveis, combinando bem com looks formais e casuais. As de couro (bezerro, crocodilo, etc.) são elegantes e confortáveis, ideais para ocasiões mais sociais, mas exigem mais cuidado com água e suor. Pulseiras de borracha ou silicone são perfeitas para atividades esportivas, resistentes à água e fáceis de limpar.

Pulseiras de nylon (NATO/Zulu) oferecem um visual mais despojado e militar, são resistentes e permitem trocas fáceis para variar o estilo. A escolha do material da caixa e da pulseira impacta diretamente na aparência, no peso, na durabilidade e, claro, no preço do relógio. Pense no seu uso principal e no seu estilo pessoal ao decidir.

Funcionalidades Extras: O Que Você Realmente Precisa?

Pense em quais funções adicionais, conhecidas como “complicações” no mundo da relojoaria, seriam úteis para você. A exibição da data é uma das mais comuns e práticas. Um cronógrafo (função de cronômetro) é ideal para quem pratica esportes ou precisa medir intervalos de tempo com precisão, comum em modelos da TAG Heuer, por exemplo.

Para quem viaja muito, um relógio com função GMT ou Horário Mundial permite acompanhar diferentes fusos horários simultaneamente. Se você pratica mergulho, a resistência à água adequada (geralmente acima de 100 metros ou 10 ATM) e um bisel giratório unidirecional são essenciais. Outras complicações incluem fases da lua, calendário perpétuo (que ajusta a data automaticamente, mesmo em anos bissextos, como no Patek Philippe Grandmaster Chime) e alarme.

Nos smartwatches, a lista de funcionalidades é ainda maior: monitoramento cardíaco, GPS, NFC para pagamentos, controle de música, resposta a mensagens, e muito mais. Avalie seu dia a dia e seus hobbies. Precisa de funções esportivas avançadas ou apenas das horas e data? Um relógio mais simples e clássico ou um tecnológico cheio de recursos? Escolher as funcionalidades certas evita pagar por algo que você não vai usar.

Definindo o Orçamento: Do Acessível ao Luxo

É possível encontrar modelos funcionais e estilosos por menos de R$ 500, como os clássicos da Casio (incluindo o F91W, um dos mais vendidos do mundo) ou opções da Timex. Na faixa intermediária, entre R$ 500 e R$ 3.000, marcas como Seiko, Citizen, Orient e Fossil oferecem excelente qualidade, variedade de estilos (mergulho, social, casual) e mecanismos confiáveis, tanto quartzo quanto automáticos.

Subindo um pouco mais, entre R$ 3.000 e R$ 10.000, encontramos marcas suíças de entrada e intermediárias como Tissot, Hamilton e Certina, além de microbrands interessantes e smartwatches premium. Aqui, a qualidade dos materiais, acabamentos e a complexidade dos mecanismos aumentam significativamente. É uma faixa onde se encontram ótimos relógios automáticos suíços.

Acima de R$ 10.000, entramos no território do luxo. Marcas como Omega, TAG Heuer, Breitling e, claro, Rolex e Patek Philippe, oferecem não apenas relógios, mas símbolos de status, história e engenharia de ponta. O mercado global de relógios de luxo movimenta bilhões (estimado em cerca de US$ 40-50 bilhões) e cresce anualmente. Defina seu orçamento realisticamente e pesquise as melhores opções dentro dele. Lembre-se: um bom relógio não precisa custar uma fortuna.

Curiosidades do Mundo dos Relógios

Você sabia que o primeiro relógio de pulso masculino foi criado a pedido de um brasileiro? Em 1904, o aviador Santos Dumont pediu a seu amigo Louis Cartier um relógio que pudesse ser usado no pulso durante seus voos, pois era impraticável tirar o relógio de bolso para ver as horas. Assim nasceu o Cartier Santos, um ícone até hoje! Antes disso, relógios de pulso eram considerados acessórios exclusivamente femininos.

Outra curiosidade vem do espaço: o Omega Speedmaster foi o primeiro (e único) relógio usado na Lua! Ele passou por rigorosos testes da NASA e acompanhou os astronautas da missão Apollo 11 em 1969, ganhando o apelido de “Moonwatch”. Falando em precisão, o relógio mais preciso já feito é o atômico, que atrasa apenas 1 segundo a cada dezenas ou centenas de milhares de anos!

E o relógio mais caro? O Patek Philippe Grandmaster Chime foi leiloado por mais de 31 milhões de dólares! Ele possui 20 complicações, mostrando a complexidade que a alta relojoaria pode alcançar. Essas histórias mostram como os relógios são mais do que peças funcionais; são objetos de desejo, marcos históricos e tecnológicos.

Fonte da imagem: Pixabay